Falsos verdadeiros corações

setembro 29, 2008

E naquele mesmo momento eu senti a dor, a pior dor que um humano pode sentir. A dor da alma rejeitada, de não ser amada pelo próprio amor. Minhas mãos se contraiam querendo machucar meu próprio coração, esvaziar todo o desejo inocente daquele músculo pulsante injusto e infernal. A dor que envolveu todas as dores que eu já senti. A dor de ver o brilho apagar, fome de amor, carência de carinho, sede de odores, falta de Senso. É Quando o coração toma inteiramente o lugar do seu cérebro, ele pensa como seu valor natural, ele toma conta de tudo, ele resolve tudo, ele sabe o que faz, ele dá a vida. Agora diga-me, O Coração está na cabeça e no peito tem o que? Nada um vazio surdo e mudo. Inconsciente e melodramático. Oco e cego, cego e oco. E por mais que o cérebro esteja não funcional uma questão voa na frente de seus olhos: Meu coração está nos altos, por isso tem um vazio tão gélido e pálido dentro de mim, e o dele, e o dele? Não está no peito, lá não pulsa nada mais que um orgulho mal ocasionado. Uma mente machista e nada confiante, seu corpo inteiro respeitando duas cabeças estúpidas que por ingenuidade pensam na mesma coisa. Cabeça de cima, cabeça de baixo. Duas caixolas sem cérebro e sem coração. Mas ele tinha um coração, alguma coisa que o fazia viver antes de se alimentar do sofrimento de garotas com quimera. Provavelmente está jogado por ai, por qualquer canto, qualquer lugar. Alguém roubou seu coração antes de eu tentar fazer o mesmo; Alguém, a causa disso tudo. Alguma menina boba revoltada com machismo, contradizendo todos os seus argumentos com seu feminismo. Alguém que tem seu coração morto até agora, o coração que deveria ser meu. Alguém que domina todos. Logo meu coração vai explodir por meus lábios e ele vai pegar, pegar com aquela grotesca imagem não correspondendo nada, um grande colecionador. Claro, claro. Aquele Alguém causa de tudo, aquele alguém inicio, aquele alguém sem fim. Aquela droga de primeiro falso verdadeiro amor. Primeiro do sempre e ultimo do agora.

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