Cúpula de circo

setembro 29, 2008

A perda de objetos, pessoas, alimentos ou simplesmente lábios. Não era fácil sentar em um banco e simplesmente fingir que não havia nada com que se preocupar, mas parecia limpo. Ninguém vê, ninguém ouve, ninguém se importa. Não passa de uma influencia estética aos pés de galhos secos, só um pouco diferente. Sua cúpula lembrava fast-food's, aberta 24hrs por dia, todos entram e saem com passos leves e gananciosos. A culpa não é de ninguém, quase de ninguém. Era um observar de longe para facilmente perceber o quanto era fraca, leve e bonita. Ainda que seus olhos estivessem úmidos, ainda que suas mãos tremessem em volta de seus joelhos, ainda que nada despertasse os pensamentos de seu inferno particular, era bonita. Não houve mudança de humor, as gotas geladas atingiram suas roupas e molharam seus lindos e macios cachos, misturadas inteiramente com toda dor e sofrimento, disfarçados em lágrimas. Alguns dias mais, ela já não estava lá, pela primeira vez ela não estava lá. "Deve ter enlouquecido, morrido ou até superado". Algumas pessoas não lidam bem com a morte, ou talvez não seja a morte que a esteja incomodando. Resolveu fechar sua cúpula, Perfeição egoísta. Não foi fácil se acostumarem, era tão bom, tão relaxante e tão excitante que foram capazes de criar rachaduras nas tentativas de se incluírem em todos os seus pensamentos, Garota, Imã, Boneco. Mas ela tinha vida, tinha sentimentos e um resto de força muscular para sorrir. E o desejo insano, de todos, foi capaz de acabar com sua particularidade, vida e esperança. Menina não culpe os outros, Foi você quem os acostumou, assim, tão incluídos

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