Peço mais uma vez, com um de meus sussurros berrantes, deixe o custo das camadas de lado e não a preserve, meu tempo é curto e acabará antes que seu ponteiro diga “Três, dois, um”. Já é a hora certa, estou ficando fraca e sem palavras, falar agora é tão igual a respirar, e ao mesmo tempo, tão diferente. É baixo e imperceptível, é raro e difícil. Vista-se com as palavras que cantei, jogue pela janela os erros que cometeu, assim como jogou cada vidro intoxicado, cada roupa fêmea amante e cada resto de cigarro. Com o dinheiro roubado compre o trem inteiro e venha me visitar! Se ainda quer recuperar o pouco de pureza que tanto herdei, junto de todas as doenças e fraquezas que jogou para mim, faça isso agora. Pensando bem, esqueça, eu te conheço, você se conhece, e mais ninguém. Não há tempo e você só recorre às preces no momento, então desista, pois, quando seus lábios se ouvirem, seu nariz se enxergar, seus olhos exalarem palavras e seus ouvidos sentirem a essência da vida, eu não estarei mais aqui. Três, dois, um. Game Over.
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