A menina e o sorriso.

outubro 04, 2008

Saltando entre poças e pedras, equilibrando-se como em uma dança, cortando o vento com seu nariz pontudo e arrebitado, a menina cantava uma das canções mais doces que alguém poderia ter escutado. O céu começou a se abrir e as nuvens caíram sobre seus cabelos longos, ruivos e encaracolados, os deixando inteiramente úmidos e escuros. Ela subia em troncos e experimentava cata gota brilhante que caía do céu, depois assobiava o gosto de cada uma delas, assobiava, pois suas palavras tão juntas e mal pronunciadas pareciam mais o vento tocando sinos, o som perfeito para uma cena de amor. A menina se enquadrava em qualquer conto de fadas que continham alegria. Sua mãe corria, pressurosa, pedindo por uma pausa. A doce flor do jardim não iria parar, ela iria cantar e dançar até que todo o campo florescesse. Inclusive a decrépita arvore que era sua mãe. Por um breve momento todas as luzes pareciam ter apagado, a menina tropeçara em uma das menores pedras do jardim. A mãe desesperada gritava em uni som com um belo rapaz, repetiam um nome que mais parecia de um cachorro. Mas a menina pareceu não se importar; Com o nome e com o tropeço. Levantou-se mais sorridente do que antes, mais sorridente do que nunca. Rodou o casal dançando como se a música do vento contornasse e influenciasse cada pequeno e frágil músculo de seu corpo. Seu vestido encharcado balançava pesadamente, às vezes puxando um pouco seu leve corpo para baixo. Os pais pareciam irritados, mas ao mesmo tempo mimados, primeiramente interferiram na dança sentimental, depois permitiram, quase que se juntando. A menina parou com um olhar gratificado e proferiu “Obrigada, obrigada”. Pelos dois pares de olhos percebeu-se que o casal estava confuso, e a menina repetiu “Apenas Obrigada, não sabem o quanto eu me fiz, eternamente feliz”. Confundindo a cabeça de todos ela isso repetia por todas as manhãs, com um sorriso resplandecente, mas é tão simples entender. Era apenas uma humana, que impunha toda sua felicidade na simples vontade de sorrir, no simples toque e gosto da água da chuva e na liberdade momentânea que sempre fora a sua quimera.

Três, dois, um, Game Over.

Peço mais uma vez, com um de meus sussurros berrantes, deixe o custo das camadas de lado e não a preserve, meu tempo é curto e acabará antes que seu ponteiro diga “Três, dois, um”. Já é a hora certa, estou ficando fraca e sem palavras, falar agora é tão igual a respirar, e ao mesmo tempo, tão diferente. É baixo e imperceptível, é raro e difícil. Vista-se com as palavras que cantei, jogue pela janela os erros que cometeu, assim como jogou cada vidro intoxicado, cada roupa fêmea amante e cada resto de cigarro. Com o dinheiro roubado compre o trem inteiro e venha me visitar! Se ainda quer recuperar o pouco de pureza que tanto herdei, junto de todas as doenças e fraquezas que jogou para mim, faça isso agora. Pensando bem, esqueça, eu te conheço, você se conhece, e mais ninguém. Não há tempo e você só recorre às preces no momento, então desista, pois, quando seus lábios se ouvirem, seu nariz se enxergar, seus olhos exalarem palavras e seus ouvidos sentirem a essência da vida, eu não estarei mais aqui. Três, dois, um. Game Over.

Cúpula de circo

setembro 29, 2008

A perda de objetos, pessoas, alimentos ou simplesmente lábios. Não era fácil sentar em um banco e simplesmente fingir que não havia nada com que se preocupar, mas parecia limpo. Ninguém vê, ninguém ouve, ninguém se importa. Não passa de uma influencia estética aos pés de galhos secos, só um pouco diferente. Sua cúpula lembrava fast-food's, aberta 24hrs por dia, todos entram e saem com passos leves e gananciosos. A culpa não é de ninguém, quase de ninguém. Era um observar de longe para facilmente perceber o quanto era fraca, leve e bonita. Ainda que seus olhos estivessem úmidos, ainda que suas mãos tremessem em volta de seus joelhos, ainda que nada despertasse os pensamentos de seu inferno particular, era bonita. Não houve mudança de humor, as gotas geladas atingiram suas roupas e molharam seus lindos e macios cachos, misturadas inteiramente com toda dor e sofrimento, disfarçados em lágrimas. Alguns dias mais, ela já não estava lá, pela primeira vez ela não estava lá. "Deve ter enlouquecido, morrido ou até superado". Algumas pessoas não lidam bem com a morte, ou talvez não seja a morte que a esteja incomodando. Resolveu fechar sua cúpula, Perfeição egoísta. Não foi fácil se acostumarem, era tão bom, tão relaxante e tão excitante que foram capazes de criar rachaduras nas tentativas de se incluírem em todos os seus pensamentos, Garota, Imã, Boneco. Mas ela tinha vida, tinha sentimentos e um resto de força muscular para sorrir. E o desejo insano, de todos, foi capaz de acabar com sua particularidade, vida e esperança. Menina não culpe os outros, Foi você quem os acostumou, assim, tão incluídos

Por um olhar

Era tudo pouco caso com rotina de sempre! Acordar, Estudar, Ir para Casa. Mas foi diferente, como um simples trabalho me fez virar de cabeça para baixo, convidei duas amigas a irem à minha casa para faze-lo. No caminho, como sempre, nós riamos das cantadas de caminhoneiros, ficavamos cantando alto, falando coisas inuteis e também coisas sérias. Sempre digo que moro "No planalto da Santidade', um planalto com 2 igrejas e um seminário. Estavamos à caminho do shopping, sua garagem era na ladeira, só alguns botõesinhos a apertar, uma espera quente no elevador, alguns passinhos e estamos em casa. Por 7 segundo meu olhar ficou preso no dele, foi uma atitude egoísta, sentado no chão, com a perna machucada e pessoas à sua volta ele virou seu rosto para mim como todas as pessoas viraram ao ouvir as 3 meninas cantando e rindo. Mas eu senti tudo vibrar, por algum motivo... pela primeira vez! eu olhei a fundo nos olhos de alguem sem me sentir intimidada. Ele me prendeu, é dificil explicar, eu tive vontade de gritar: "Me solte de seus olhos e me prenda com seus braços". Por pura intuição, um acidente de moto e eu sonhando com aqueles olhos azuis, com aquela face imperfeita para muitos, mas perfeita para mim. Só pude ouvir uma das vozes femininas dizendo 'Que moto perfeita', e mais uma vez por pura intuição eu falei sem pensar... 'Perfeito é o garoto que está no chão'. O óbvio do puro egoísmo, foi que eu disse isso olhando naquele olhar leve e flamejante, pensando apenas que ele, eu tenho certeza, é ele que eu sempre quis. Não importa o quão idiota vou ser taxada por dizer isso, 'ele não é bonito' foi o que eu ouvi novamente, de uma das vozes femininas que me seguia... mas de que importa? Só o que eu queria era poder olhar seus olhos mais uma vez.

Falsos verdadeiros corações

E naquele mesmo momento eu senti a dor, a pior dor que um humano pode sentir. A dor da alma rejeitada, de não ser amada pelo próprio amor. Minhas mãos se contraiam querendo machucar meu próprio coração, esvaziar todo o desejo inocente daquele músculo pulsante injusto e infernal. A dor que envolveu todas as dores que eu já senti. A dor de ver o brilho apagar, fome de amor, carência de carinho, sede de odores, falta de Senso. É Quando o coração toma inteiramente o lugar do seu cérebro, ele pensa como seu valor natural, ele toma conta de tudo, ele resolve tudo, ele sabe o que faz, ele dá a vida. Agora diga-me, O Coração está na cabeça e no peito tem o que? Nada um vazio surdo e mudo. Inconsciente e melodramático. Oco e cego, cego e oco. E por mais que o cérebro esteja não funcional uma questão voa na frente de seus olhos: Meu coração está nos altos, por isso tem um vazio tão gélido e pálido dentro de mim, e o dele, e o dele? Não está no peito, lá não pulsa nada mais que um orgulho mal ocasionado. Uma mente machista e nada confiante, seu corpo inteiro respeitando duas cabeças estúpidas que por ingenuidade pensam na mesma coisa. Cabeça de cima, cabeça de baixo. Duas caixolas sem cérebro e sem coração. Mas ele tinha um coração, alguma coisa que o fazia viver antes de se alimentar do sofrimento de garotas com quimera. Provavelmente está jogado por ai, por qualquer canto, qualquer lugar. Alguém roubou seu coração antes de eu tentar fazer o mesmo; Alguém, a causa disso tudo. Alguma menina boba revoltada com machismo, contradizendo todos os seus argumentos com seu feminismo. Alguém que tem seu coração morto até agora, o coração que deveria ser meu. Alguém que domina todos. Logo meu coração vai explodir por meus lábios e ele vai pegar, pegar com aquela grotesca imagem não correspondendo nada, um grande colecionador. Claro, claro. Aquele Alguém causa de tudo, aquele alguém inicio, aquele alguém sem fim. Aquela droga de primeiro falso verdadeiro amor. Primeiro do sempre e ultimo do agora.

Duvidas estranhas

Eu nasci, cresci e criei consciência. Tenho de ser uma boa pessoa e não passar por cima de todos a fim de subir na vida, agora me diz uma coisa, pra que cargas d'água eu existo? e porque eu penso? Porque eu sinto? Porque o mundo existe? Porque Deus criou algo para amar? Qual o fundamento disso tudo? Somos experiências? Eu não entendo nada disso, não entendo nem porque devemos idolatrar Jesus, ele morreu na cruz por todos nós, não imagino que ele tenha feito isso pra ser lembrado para sempre e para mais de 500.000 milhões de pessoas ficarem pedindo sua ajuda. Dês de quando, ao morrer você livra alguém de todos os erros que cometeu. Não sei. Eu simplesmente não sei. Não saem da minha cabeça trezentas mil de perguntas! E a maioria sem respostas. Minha cabeça fica tão confusa que as vezes desisto, resolvo parar de pensar, dormir, banho de água fria. Não tem resposta! Como pode, Dizem que Jesus nos ama, que ele era humilde e dizem depois que aqueles que não seguem a igreja ou uma religião, aqueles que não o idolatram não vão para o céu. CONTRADIÓRIO. E o mais estranho, é que quando eu estou lá, quando estou lá dentro da caixa de concreto chamada Igreja, eu não penso nada disso, agradeço pelas lições e só. Porque todas essas perguntas aparecem no meio do nada e somem derrepente? Porque ficamos procurando coisas melhores e melhores! Se não soubéssemos da TV de plasma ou do carro-robô nós estaríamos todos felizes, na mesma condição sem nenhum superior. Ah quer saber, eu nem sei por que eu escrevo sobre isso! Não sei nem porque todos nós não somos mudos, surdos e cegos. Só sei que eu não sei o que existe após a morte e também não sei o motivo dessa vida. Estou pior do que barata tonta, porque criar algo imperfeito? Dar uma liberdade tão ágil que cria a porta do sofrimento? Ah, chega chega chega. Nem eu sei mais do que estou falando. Mil mortes, Mil nascimentos, Mil transformações. E qual o motivo de toda existência? A causa todos sabem o porque, ninguém.

Assuma Amor própio

Cansei das vezes em que suspirei a força por sua culpa. É tão enjoado o jeito como você tenta ser melhor, é tão estúpido como não percebe a ausência de personalidade dentro de ti. Eu já cansei, estou Exausta. Não é a primeira vez, nem a segunda e nem a ultima. Sempre crítico e você vêm com suas desculpas inventadas, não falo das cores ou do material. Eu tento de todas as formas, mas você insiste. Eu não vou mais impedir que digam que você é o reflexo em um espelho barato, da minha imagem. Você vai ser o que quiser ser e eu, eu vou até sambar quando você for diferente, ou até perfeita. Não quero teu mal, ao contrário! Meus ouvidos estão doídos de ouvir conversas chatas sobre o quanto você parece não ser de verdade. Eu quero valorizar você, mas você quer ser diferente, não quer ser você. Ao menos tente. Controle o que não ser perfeita causa na sua mente e apenas tente, tente sempre ser melhor que eu. Mas não melhor nas coisas em que sou boa, melhor em outras coisas, melhor em muitas coisas. Amiga, Irmãs. Legal, foda-se; é desculpe, mas foda-se. Não precisamos ser clones porque temos gostos iguais, eu gosto de ser diferente, você sabe disso, mas acaba tornando tudo muito banal. Pare de uma vez por todas, você não é uma modelo e eu não sou uma estilista.

Mesa da vida

Após perdermos um jogo, o que queremos é superar, então é simples e incrivelmente burra a solução. Chamamos as pessoas que gostamos para a mesa, ao menos é como as consideramos, afinal de contas elas não conhecem o nosso jogo. Ao pegarmos a carta errada, a carta pesada, a carta que rebaixa, nós queremos imediatamente dá-la para outro e ordinariamente por à mesa todas as boas que tínhamos na mão. Em passos leves e Rudes nos levantamos da mesa e bebemos do mais caro, amargo e fútil álcool apenas para nos mostrar fortes. Agora vamos lá, o que temos em mãos? Um copo vazio? Resto de bebida? Nada mais nada menos que nada. Sem frases, sem palavras, sem cartas nem jogadas. Mantemos na lembrança apenas pontos insignificantes de mostrar-se um bom jogador. E de nada vai adiantar meu amor. Estamos sozinhos, entregando-nos a um momento pequeno de prazer, e de grande fraqueza. E durante esses poucos segundos, os que colocamos em nossas jogadas sentem insegurança, pressão, prisão; Cartas ruins sobre a mesa, cartas ruins em mãos. Eles não podem se ajudar, pois é contra as regras de nosso jogo. De tão boas pessoas, quem vai querer trapacear? Agora não importa se ganhamos o jogo sem quebrar nossas próprias regras corrijam-me se eu estiver errada. Sairemos de mãos vazias, com um orgulho disfarçado e seguido de pessoas enfraquecidas. A vida é uma mesa e nós escolhemos o que fazer sobre ela, então amor, pense antes de agir e tome cuidado, certos sucos derramados não saem com água

Toca Discos no deserto

Era um dia normal e com a rotina normal de uma adolescente da cidade, acordei de bom humor, coisa rara, havia tido um sonho muito estranho, uma praia deserta com um disco rodando, mas era um disco de vinil tocando uma música moderna, não tinha vozes, era apenas... Apenas o ritmo. Andando para o colégio, pensava em como contar à minha melhor amiga, ela era a única que não ia me chamar de louca, isso era bonito, para nós. Do portão, vi um grupo de pessoas nervosas, estressadas, agitadas e chorosas, formando um circulo deformado. Eu fui chegando perto, minha amiga podia esperar! Essa era uma curiosidade que só ali, naquele momento, eu ia poder matar. MATAR, merda, palavra de merda. Fui chegando perto e vi todos os olhares cautelosos se virando em minha direção, eles pareciam ter penas e outros pareciam ter medo, um braço me envolveu pelos lados e eu fiquei totalmente imóvel. "Não avance, é duro, difícil, não vai agüentar". "Não quero saber", foi o que consegui dizer até aqueles braços soltarem meu corpo. Respirei fundo e fui abrindo caminho pela multidão, mas foi muito, muito estranho. As pessoas não queriam me deixar ver, eu caí e fui feito um bebê, já preocupada e nervosa com o que poderia ser, pensei em várias possibilidades... Uma delas que minha amiga, minha linda amiga poderia estar no chão, jogada, estraçalhada, mas eu não tentava imaginar, não queria. Quando cheguei à frente de todos, fechei os olhos, era o perfume dela. Chorei por impulso e reflexo, mas parecia que ninguém, ninguém se atrevia a questionar ou se quer consolar. Abri os olhos, foi a pior sensação da minha vida, eu queria acabar, acabar com o mundo, com a minha vida, com Deus com todos. Minha amiga, MINHA AMIGA! Imagine sua amiga no chão, sem cor, coberta de sangue, morta. Como é que alguém pode viver assim? Ela era minha alma, um pedaço de mim. Eu não conseguia falar, estava sem ar, sem vida, queria que fosse um sonho e que minha realidade fosse a praia deserta com ritmo da música, aliás, a música caia bem no momento, era trágica e melódica. Senti meus dedos congelarem e meu corpo tombou, eu caí e abracei, não podia não podia não podia não podia, NÃO PODE! Não pode ser verdade. Eu sentia o sangue me envolver tanto quanto a envolvia. As pessoas queriam me tirar Dalí, INUTEIS! Minha amiga morreu, eu preciso dela e essas pessoas só pensam em me tirar do ultimo abraço. Não importava o quanto estávamos ensangüentadas, não importava o quão fria e sem cor ela estava, não importava se eu não sentia o coração dela bater, não era possível ela estar morta e eu não ia solta-la em quanto seus braços não me apertassem com tanta força quanto a que eu estava usando. Mas não aconteceu, ela estava morta. O vazio ocupou todo meu peito, ocupou todo o meu corpo e eu só queria gritar, mas parecia que minha voz tinha sido levada, levada junto da alma que me confortava. Ninguém sabe a dor, eu queria arrancar todos os fios de cabelo que eu tinha, queria arrancar cada célula do meu corpo, queria dar minha vida para ela. Eu queria morrer e eu morri. Morri de sentimentos, morri de amor, morri de vida. Havia só um corpo vazio onde minha alma estava presa. E ninguém sabe, e ninguém pergunta por quê. Presa entre quatro paredes brancas, roupas brancas, tudo branco. Luta contra paz? Eu não estou louca! EU ESTOU MORTA. E porque todos querem me manter viva se eu não quero viver? Qual a diferença entre eu estar morta e estar viva, mas sem vida? Então eu pulei. Pulei da minha mente para meu sonho, e eu dançava, dançava as músicas que tocavam do meu toca-discos do deserto e ninguém entendia. Sou eu quem não entendo, Há algo de errado em dançar? Eu não estou viva, estou na minha mente e todos estão loucos. Para que viver em uma caixa branca com um toca disco, o toca disco do deserto. Não estou dançando sozinha minha amiga está ali, olha lá! Eu dormi e sonhei de novo, e ela dançava com o toca disco, ela dançava, ela dançava. "Ela está morta, não tem ninguém ali, isso não é um deserto, que música?" Ninguém nunca vai entender, sou muito mais feliz com o corpo morto aqui e a alma dançando junto de minha amiga a música melódica do nosso toca-discos, meu toda-discos, O toca-discos no deserto.

Maldita perfeição

setembro 22, 2008

Curioso é o estado em que me encontro, é como eu me sinto agora, sentada em um canto pensando em você, pensando em como não pensar em você. O buraco aberto no meu peito é sem solução, Sei o quanto você é capaz de me fazer sofrer, mas ainda sim desejo cada vez mais estar ao seu lado. Sua ausência pressiona meus pensamentos, e provoca tal dor em mim. Incrível é como, como você faz falta. Eu dobro meus joelhos e os seguro com força, o único resto de força que sobra em mim. Minha garganta coça em desejo de gritar, mas só o que consigo é exalar em lagrimas todo o desprezo. Não foi tão difícil quando você disse Adeus, porque está sendo agora? Sei que posso responder essa pergunta, Tão pouco, quando você renegou seu amor, eu ainda podia sentir seu cheiro, enxergar-te e ouvir tua voz. Agora o que eu tenho são apenas lembranças, agulhas que cada vez que alguém toca entram em mim com ar de tortura. Não quero ter que explicar, Só o que eu tenho a dizer é que seu humor me fazia rir, o som da sua voz me fazia delirar, sua presença me confortava, seu cheiro me relaxava. Nenhum outro alguém consegue da mesma forma que você, fazer meu coração pulsar tão rápido, concentrar meu olhar tão intensamente e fazer meu rosto ficar corado, a cada vez que suspirava a mentira, A mentira tão segura de que você me amava.

Você e seu amor, não passam de música. Tendem a acabar.

Minha alma de vidro se quebra na sua voz. Meu coração de pedra derrete com seu olhar. Não sei como pode, Como pode ser capaz. Capaz de transformar um pensamento frio a uma luz efervescente. Seu ritmo muda todo ar da localidade. Não se vá, Música da liberdade. Falta pouco para eu ser humana, humana pateticamente frágil. Engole minha vitalidade com toda sua força Ágil. Seu suor úmido constrange meu ar seco, Pare de me enfraquecer. Falta pouco para tudo acabar, não vê o que está fazendo? Minha temperatura começa a descer. Você me enoja com toda essa fidelidade. Estás criando em mim o sentimento saudade. Egoísta esse teu coração, Quando acabar de tocar, eu vou cair no chão. Estás acabando comigo, estou entrando no seu ritmo quente, minha força está acabada, você apenas segue em frente. Pare com toda essa Alegria, você realmente não vê o que estás fazendo. Quando tudo isso acabar, vai sobrar apenas um corpo mole, um pensamento acabado, um olhar distraído, um coração abandonado.

Aqui estou eu, (apresentação)

Fiz esse blog na intenção de mostrar as coisas que escrevo, o que penso, desabafar. É quase um diario, mais eu não sou idiota ao ponto de por coisas intimamente particulares aqui. Me chamo Tamyris Kortschinski, moro no Rio de Janeiro e ainda sou estudante :) No blog eu vou postar, como eu já disse, textos meus mas também textos de outras pessoas (com créditos) e alguns "desabafo-indireta". Tenho uma personalidade um pouco diferente que a maioria dos adolescentes de hoje. Amo ler, escrever, dança, capuccino, creme de amendoim, cereja, alface, tomate...vou ser simples e direta: Gosto de me destacar, não chamar atenção, só destacar.