Incógnitas em um manual de instrução.

fevereiro 06, 2009

     Não há um motivo forte para se bastar nas letras de uma biografia quando se pode mergulhar em um ser humano, e no intimo do intimo, tocar no fundo de sua alma. Decifrar a verdade pessoal que ninguém desinteressado vê. Todo esse mistério precisa de um coração nos olhos, e não um par de mesmas coisas. Porque alguém mais de alma que de corpo, é alguém que desperta curiosidade, e se no limite da preguiça você viver, as dúvidas vão ir e vir, toda vez que nos meus olhos olhar e não tentar entender. Fale comigo, pesquise meu interno e dê seu veredicto. Mas não se baseie no papel. Como ser humano eu me transformo, e na ciência me crio. A própria mente do ser humano esconde segredos do seu dono, por simples e súbita proteção. Então não se engane por seu próprio julgo, há sempre algo novo para complicar.
     Não se apegue à idéia do louco, ou de segundas impressões. Prato limpo que não é novo, já foi sujo e limpo. Os erros serão comuns e quase uma rotina quando o assunto é quem sou. É realmente grosseira essa minha personalidade. A todo tempo a minha linha de repressão se move, e a cada minuto mais elástica fica. Então minhas veias dão nó, que nem eu nem ninguém consegue tirar. O meu próprio corpo tem sonhos em regurgitar minha alma, sonhos, não pesadelos. Tanta complicação, é tão mais simples ser uma em milhas de pessoas, ser comum e tão facilmente tragável. E eu sou, basta não me conhecer. E quando digo intragável, não se lê desagradável. Lê-se desconhecido, e do desconhecido devemos ou conhecer ou dispensar. Ao final dos tempos, se nem eu mesma consigo ler a bula do meu próprio remédio, quem dirá um ser humano comum, o ser humano social.

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